segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Velocidade

Tudo Sobre VelocidadeComo ganhar  velocidade
Para aproveitar ao máximo este artigo lembre-se que tudo começa com conhecimento, e então vem o treino eficiente.

Tudo é uma Questão de Método

Você quer ganhar muita velocidade em pouco tempo?
Com o nosso método você entenderá como funcionam os mecanismos da velocidade.

Do Fácil para o Difícil
Você sempre consegue aprender mais rápido quando aprende primeiro o mais fácil e depois o mais difícil. Por isso, quando estiver praticando, você precisa aprender antes as técnicas básicas e depois as mais sofisticadas. Comece tocando devagar e vá aumentando a velocidade. Mesmo que se sinta tentado a tentar um lick (sequência de notas na guitarra) muito difícil, tenha em mente que é preciso crescer progressivamente.

A posição da mão e do polegar esquerdo
O polegar deve ficar atrás do braço, no meio da mão para permitir uma maior abertura da mão. Não coloque-o para cima para não perder essa elasticidade.

Metrônomo, Repetição e Mecânica
Essa é o momento de fazer a grande mudança em sua vida. O Metrônomo é o seu novo melhor amigo, ele irá te ajudar a duplicar a sua velocidade, e depois a triplicá-la! O Metrônomo é um aparelho pequeno que se compra em qualquer loja de música. Tudo em guitarra você aprende por repetição. Quanto mais você praticar, mais apto você estará para executar qualquer passagem. Com a ajuda de um metrônomo você tem o tempo marcado e assim você pode gradualmente aumentar a velocidade do exercício. Tenha sempre em mente a limpeza, pratique sempre corretamente, evitando vícios. Afinal, se você repetir algo 100 vezes errado por que razão na 101ª estará correto?

Quebrar o Exercício em Partes
Esse é o meio fácil de aprender qualquer exercício. É simples. Por exemplo, se o exercício tem 16 notas, quebre-o em 4 partes, cada uma com 4 notas. Assim você decora o exercício bem rápido, e aprende a tocá-lo com perfeição em cada detalhe.

Todo Dia
Essa é a melhor parte do Método. Toque guitarra todos os dias e você fará com que todos os dias da sua vida valham a pena. Mais importante do que tocar várias horas em um dia da semana é tocar pelo menos 20 minutos diariamente. Isso mantém você se superando a cada dia, aos poucos. Lembre-se, você aprende tudo aos poucos. Você aprendeu a andar aos poucos, aprendeu a falar aos poucos, aprendeu a tocar guitarra aos poucos. Continue assim.

Descanso
Você quer Intensidade e Consistência em seu treinamento? Então precisa aprender a usar o Descanso a seu favor. Nada pode atrapalhar mais o seu treinamento do que o excesso dele. Você pode ficar cansado e isso acaba prejudicando seu rendimento. Por isso, caso sinta alguma dor muscular ou mesmo esteja de saco cheio, não se sinta desmotivado. Dê um tempo. Escute algum guitarrista que você goste e depois retome a rotina.

Intensidade, Consistência
Pratique diariamente para sempre estar em forma. Além disso, não fique muito tempo somente batalhando em um exercício. Treine variações e técnicas diferentes. Esteja sempre se reciclando.

Limpeza
Nada é mais importante para um guitarrista que pretende tocar rápido do que a limpeza. Um solo é composto de notas, nunca as sacrifique para obter um monte de barulhos. Nunca se esqueça que muitas vezes o que separa um guitarrista excepcional de um mediano não é o que ele toca, mas como ele toca.

O Poder do Aquecimento
Tocar guitarra é igual a praticar um esporte. Da mesma forma que não se pode correr uma maratona com o corpo frio, se torna impossível executar frases rápidas sem estar com a musculatura de ambas as mãos quentes. Por isso inicie seus treinos com exercícios fáceis e progressivamente aumente a velocidade, dificuldade e abertura da mão. Desta forma, em alguns poucos minutos você já estará apto a dar o melhor de si.

Use a Mente - Paciência, Objetivos e Visão
Tenha Paciência. Essa é a chave para os seus planos se tornarem realidade. Pare um minuto para pensar, sente e pegue um papel e caneta. Agora escreva tudo que lhe vem a mente quando pensa em tocar com velocidade. Depois de olhar o rascunho que acabou de fazer, faça um Plano de Objetivos. Pense aonde você quer chegar e em quanto tempo, e depois como você o fará. Dessa forma, você estará treinando o seu poder de Visão. Existem pessoas que não conseguem enxergar um palmo a frente dos olhos, mas você não é uma delas. Você sabe que tem o poder de construir o seu futuro e sabe também que é preciso se esforçar. Lembre-se da frase “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”. Ela quer dizer que o que você planeja com vontade e se esforça para concretizar acaba se tornando realidade. Lembre-se de ser realista, escolha objetivos ao seu alcance. Aos poucos você vai descobrindo o que funciona e o que não funciona.

Determinação
Para tocar guitarra com incrível velocidade você precisa treinar bastante. E o fator decisivo para o seu treino é a Determinação. Determinação é uma combinação de Interesse, Motivação e Foco. O Interesse é simples: você vê ou ouve alguém tocando guitarra muito rápido e pensa "Eu quero fazer isso!" Agora que você descobriu o que quer, você precisa de uma Motivação maior para manter o sangue quente. A minha Motivação por exemplo são duas músicas, "Tumeni Notes" do Steve Morse, e "Universal Mind" do Liquid Tension Experiment (tocada por John Petrucci). Quando ouço essas músicas, ou vejo o vídeo, meus olhos começam a brilhar e tudo que eu consigo pensar é em pegar a guitarra e tocar durante horas. E isso acaba acontecendo!
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Então, depois de já estar mais do que pronto para começar, você precisa treinar eficientemente. A melhor maneira de conseguir isso é decidindo ter um Foco. Essa talvez seja a parte mais importante, pois é o seu Foco que determina aonde você vai chegar. Por exemplo, se você decidir agora "Esse mês eu irei treinar a minha palhetada alternada todo dia, durante pelo menos uma hora", pode ter certeza que no fim desse mês a sua palhetada alternada terá melhorado 100%.

Ligados
O Ligado (combinação de hammer-on e pull-off) é uma técnica muito fácil de aprender e ela lhe dá vários benefícios. Você ganha muita velocidade em pouco tempo, é um dos sons mais interessantes e característicos da guitarra e você pode usá-los em qualquer solo com muita facilidade. Portanto, empenhe-se em aprender a fazer o Ligado. O esforço vale totalmente a pena!

Use Padrões
Os Padrões são um dos grandes segredos do Universo da Guitarra. Um padrão de guitarra é uma sequência de notas tocadas segundo um lógica. Normalmente essa lógica é bem simples, o que possibilita ao guitarrista solar com muita velocidade, pois os Padrões facilitam a visualização das notas na guitarra e são muito fáceis de memorizar. Todos os guitarristas usam Padrões em seus solos! Por isso vale a pena se dedicar a essa parte do estudo.

Os Diferentes tipos de Palhetada:
1 - Sweep
2 - Palhetada Alternada
3 - Combo

Quando se trata de solar com velocidade, existem 2 tipos de palhetada, e um terceiro que é apenas a combinação dos dois primeiros. Eles são a Palhetada Alternada e o Sweep. Cada técnica deve ser usada no momento certo para que se consiga o efeito desejado. A seguir nós falamos um pouco de cada uma.

1 - Palhetada Alternada
O primeiro, como o nome já diz, consiste em alternar para cima e para baixo a palhetada possibilitando assim tocar bem rápido. A palhetada alternada quando tocada com rapidez dá aquela sensação de que as notas estão sendo "fuziladas", o que causa um efeito bem legal em um solo. Para conhecer melhor esta técnica, basta ouvir a música Tumeni Notes, ou qualquer outra de Steve Morse. Ele é o verdadeiro mestre da palhetada alternada e atual guitarrista do Deep Purple.

2 - Sweep
O Sweep é a técnica que dá maior velocidade num solo. Quando utilizado num improviso, o Sweep dá aquela sensação de fluidez entre as notas, pois ele é tocado de acordo com o movimento natural do braço e da mão, permitindo tocar muitas notas de uma vez só e sem esforço. O Sweep é também a principal técnica para se tocar Arpejos. Quando esses dois são combinados, os resultados obtidos são simplesmente incríveis. Basta ouvir a qualquer música do mestre do Sweep, Yngwie Malmsteem. Você entenderá na mesma hora porque esta técnica é tão conhecida!
Imagine que você queira tocar algo com uma nota por corda em sequência. Para isso podemos manter a mesma direção da palhetada aproveitando a velocidade do movimento e realizando o Sweep.

3 - Combo
Combo é a mistura das Palhetadas Alternadas e Sweeps. Quando você já está dominando as duas técnicas separadamente, é hora de aprender a uní-las. E é aí que os seus solos começam a fluir com virtuosidade e você começa a tocar como um Guitar Hero. Mas não pule etapas, é indispensável aprender uma técnica de cada vez.

Obs: é altamente recomendado por professores de guitarra e especialistas no assunto que antes de aprender o Sweep, você domine a Palhetada Alternada. Dessa forma, torna-se muito mais fácil aprender o Sweep.

Guitarristas que tem muita velocidade
Steve Morse, Malmsteem, Steve Vai, Joe Satriani, Paul Gilbert, Dimebag Darrell, Zakk Wylde, Al Di Meola, Jimi Hendrix, John Petrucci, Michael Romeo, Michael Angelo, Scott Henderson.

Escalas
Para tocar rápido é essencial conhecer as Escalas. Mas calma! Não vá pensando que Escalas é um assunto chato (pode ser, depende do ponto de vista). Pelo contrário, você pode aproveitar muito as Escalas e se divertir também.

Uma Escala é um conjunto de notas. Por exemplo, a Escala de Dó Maior você já deve conhecer. Ela é formada pelas notas Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si. Existem muitas outras escalas, mas essa é a mais básica de todas. Cada guitarrista encontra uma escala em que se sente mais à vontade para solar. Talvez seja melhor você começar pela Escala Pentatônica, pois ela tem apenas 5 notas e tem uma sonoridade muito característica do Rock. É muito fácil tirar um som legal da Escala Pentatônica. Mas se você já está mais avançado e quiser tocar muitas notas de uma vez só, é uma ótima idéia que você se torne íntimo da Escala Maior.


Arpejos
Quando tocamos as notas de qualquer acorde uma por uma, estamos executando o arpejo do respectivo acorde.

Os arpejos se dividem em tríades e tétrades ( 3 e 4 notas ). Na guitarra os arpejos acabam ficando com uma digitação de praticamente 1 nota por corda o que facilita o uso do Sweep para alcançarmos maiores velocidades.
 
/www.guitarcoast.com

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Banda Gole´s


                                                                                                                                             
            
                                                                           


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Músicas inéditas de Amy Winehouse poderão gerar dois novos discos

Faz mais ou menos um ano que o mundo da música perdeu mais uma de suas divas : A nossa querida Amy Winehouse. Muitas homenagens foram feitas ao longo desse tempo, mas nada que pudesse acabar com a saudade que sentimos de sua bela voz e seu estilo rústico. Biografias, estátuas de bronze e um álbum póstumo estão mantendo a memória da cantora bastante viva. O que ninguém sabia era que o trabalho de Amy é muito mais extenso do que tudo isso.
Recentemente, o porta voz fiél da estrela, seu pai, disse que com as músicas e demos gravadas por sua filha poderão gerar mais dois discos póstumos. Para quem não se lembra, o último foi “Lioness: Hidden Treasures, que trouxe verdadeiros tesouros para os nossos ouvidos.
Mitch Winehouse falou que nem todas as canções criadas por Amy foram parar neste álbum: “Não sei se há assim muito mais canções, mas tenho a certeza que lançaremos mais um ou dois discos. Há muitas covers, muitas mesmo, mas não queremos enganar ninguém. Os fãs da Amy são muito importantes para nós e não queremos lançar lixo”.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Violão Erudito

Está confirmado!
Professor Gilson Antunes (Violão Erudito) no XII Festival de Música de Ourinhos
 
 

domingo, 20 de maio de 2012

XII festival de Música de ourinhos

IMAGENS SONORAS



Pixinguinha cochilando sobre partituras: cansaço em clave de fá e sonhos em sol maior.
(Fonte: História do Samba. Cap. 9. Ed. Globo. 1997)




Pixinguinha e Louis Armstrong - O gênio do choro e o gênio do jazz - fonte Abril Press



XII FESTIVAL DE MÚSICA DE OURINHOS
DE 15 A 21 DE JULHO 2012 


MÚSICO HOMENAGEADO:
"PIXINGUINHA" 


http://www.ourinhosfestivaldemusica.com.br/

terça-feira, 24 de abril de 2012

FESTIVAL DE MÚSICA DE OURINHOS

Antônio Nóbrega na abertura do XII Festival de Música de Ourinhos
 
Está confirmado!
Professor Lula Galvão (Guitarra) no XII Festival de Música de Ourinhos
 
Está confirmado!
Professor Mauricio Carrilho (Prática de Choro e Composição no Choro) no XII Festival de Música de Ourinhos
 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Guitarras são criadas através de tecnologia 3D

A tecnologia 3D está invadindo o mundo da música. Não é de hoje que muitos artistas já tiveram a brilhante ideia de produzir clipes na terceira dimensão e coloca-los nas telas dos cinemas. Desta vez, a modernidade musical foi além e com a ajuda de uma impressora 3D, modelos de guitarras foram criados e facilmente fabricados. Roqueiros de todo mundo podem começar a ficar de olho nessa belezura.
A companhia neozelandesa de desenvolvimento de produtos “One.61″ foi a grande idealizadora da ideia. Fotos foram divulgadas pela internet e muitos puderam ver como o trabalho inovador ficou. Derek Manson, diretor da empresa, tem total responsabilidade sobre o conceito do tal instrumento.
“A música é muito subjetiva, então não temos dados reais para apoiar nosso projeto. A ideia inicial veio quando eu estava assistindo o DVD ‘Cunning Stunts’, do Metallica, em que Kirk Hammett usa uma ‘ESP Wavecaster’. Logo pensei que, se um instrumento de polímero é bom o suficiente para Kirk, é bom o suficiente para mim”, declarou Derek.
Esta nova técnica de fabricação pode até gerar outros frutos, segundo informações da própria empresa. Muitos outros instrumentos personalizados e estilizados com a impressora 3D já estão sendo cogitados. Ainda não se sabe sobre detalhes técnicos do novo projeto e nem de data para que as guitarras ou outros artigos musicais cheguem ao mercado.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Divina Intervenção


Há uma década, Rodolfo Abrantes trocou o papel de líder de uma das maiores bandas de rock do Brasil pelo Evangelho. Hoje, decreta sem olhar para trás: “O vocalista dos Raimundos morreu aos 27 anos”

No último mês de maio, em um pequeno palco sob uma tenda em uma rua residencial da cidade de Araucária, Paraná, Rodolfo Abrantes era o convidado especial do aniversário da Igreja Bola de Neve local. Enquanto o Raimundos, sua ex-banda, se apresentavam para cerca de 45 mil pessoas a 30 quilômetros dali, em Curitiba, Rodolfo se postava diante de aproximadamente 200 pessoas, em uma estrutura semelhante à de uma festa junina, com lona colorida e espetinhos de carne à venda para o público. Rodolfo tocou até quando a chuva permitiu – depois, a água acabou desligando os equipamentos. Antes disso, botou para pular algumas dezenas de adolescentes sem medo da chuva, com “Minha Maior Riqueza”, do álbum Santidade ao Senhor (2006), e “Saudade de Casa”, de Enquanto É Dia (2007).

“O Rodolfo dos Raimundos morreu aos 27 anos”, decreta ele próprio, quando o encontro pela terceira vez em um mês, agora em São Paulo, sete dias após a morte de Amy Winehouse. Relembrando como o vi na outra ocasião, se apresentando em um palco simples no interior paranaense, aquela sentença faz todo sentido. Embora as roupas deste até coubessem naquele dos anos 90 – jaqueta preta de náilon, blusa de flanela xadrez, calça jeans e botas –, ali, sob frio e chuva, cantando sobre o que Deus fez em sua vida, fica evidente que o Rodolfo do Raimundos não existe mais. Então, quem é esse homem com físico de atleta, tatuagem forrando os braços e subindo pelo pescoço, guitarra pendurada quase na altura dos joelhos, que canta versos como “Só Jesus faz meu dia melhor/ Tu és o motivo de me sentir cada vez mais vivo/ Te chamo de pai, tu és tudo o que eu preciso/ Rei eterno e meu Deus vivo”?
Rodolfo Abrantes é hoje um missionário. Aos 39 anos, é membro da Igreja Bola de Neve em Balneário Camboriú (SC), onde mora. Cita trechos da Bíblia com a facilidade de um teólogo veterano. Passa os finais de semana na estrada, acompanhado por sua banda atual e, na maioria das vezes, pela esposa, Alexandra, com quem está casado há dez anos. Desde então, tem o rock como um veículo para falar de Jesus. Durante a semana, pega onda e, sempre que precisa, realiza voluntariamente os cultos das quartas-feiras na igreja local. Para sua fase “zen-cristã-surfista”, a cidade do litoral catarinense é o cenário ideal. Seu sustento vem das vendas de CDs, cachês das apresentações e contribuições voluntárias das igrejas onde toca.
Encontro Rodolfo pela segunda vez em um sábado, 2 de julho, descarregando os próprios equipamentos em uma entrada lateral da Bola de Neve, em Curitiba. Ao seu lado, estão o baixista Victor Pradella, de longos dreadlocks, o baterista Anderson Kuehne “Xexéu” (“meus melhores amigos”, ele diria mais tarde) e um cinegrafista que registrou três dias na vida do ex-Raimundos para um programa de TV. Rodolfo e a banda são os convidados do aniversário de cinco anos do motoclube da igreja, com foco em ação social e na evangelização de seus pares.
Enquanto a igreja enche lá fora, Rodolfo relaxa jogando videogame no backstage. Victor, Xexéu e um amigo de Rodolfo, vindo de Camboriú, se revezam em partidas de Pro Evolution Soccer. Quando Rodolfo assume o joystick, os amigos se preparam para rir. Xexéu alerta: “Ele costuma ficar nervoso quando joga”. Com a seleção brasileira da Copa do Mundo de 2006, o vocalista enfrenta a Argentina. “O Gilberto Silva é uma velha”, solta, enquanto vê o meio-campo argentino botar na roda o brasileiro. A Argentina faz 1 a 0 e Victor e Xexéu gargalham. Mesmo com a derrota, a tensão se vai assim que o jogo acaba – depois do show, Rodolfo retoma o game e, enfim, vence os rivais. Antes de subirem ao palco, os três se juntam para uma última oração.
No show, Rodolfo intercala as músicas com mensagens rápidas à audiência: “Que a altura da nossa alegria seja proporcional à autenticidade da nossa adoração”. Ao sentir o clima favorável, após um tempo cantando o verso “Deus, vem derramar tua vida em mim”, ele olha para Victor e diz, duas vezes: “É agora”. Ali, se desfaz da guitarra e inicia a pregação, na qual repassa a sua história e aponta para os céus.
Nascido em 20 de setembro de 1972, no Distrito Federal, Rodolfo Gonçalves Leite de Abrantes cresceu em uma cidade cuja identidade ainda estava em formação. Filho de médicos paraibanos que migraram para a capital do país a fim de concluírem os estudos, ele estava fora do padrão: não tinha pais políticos ou diplomatas. O orgulho de ser brasiliense veio com a geração roqueira local, que ele viu nascer a algumas quadras da sua casa (em frente à do amigo guitarrista Digão), em um bar chamado Gilbertinho. Dali até o Raimundos, foi um pulo.
“Tudo o que sabiam de mim era ‘Rodolfo dos Raimundos’. E aquela coisa louca... parecia que eu era aquilo. Só que eu não era aquilo, eu tinha me tornado aquilo”, ele diz. “Fiquei muito diferente do que eu estava, não do que eu era. Porque aquele dos Raimundos não era o que eu era, mas o que eu estava.” Sentado no confortável sofá do backstage, ele se esforça para se explicar. “Deus foi me transformando; ele transforma a gente de dentro para fora. Então, hoje sou diferente do que eu estava, mas não estou diferente do que eu era.” A saída de Rodolfo do posto de frontman do Raimundos se deu uns cinco meses após sua entrada para a igreja, em 2001. E a tempestade de críticas deixou-o de guarda armada em um primeiro momento. “[À época] eu não dava entrevista, eu fazia a minha defesa. Eu estava num tribunal sendo acusado de ter traído o rock”, ele lembra, emendando uma pergunta com uma resposta. “Meu, eu não posso fazer o que eu quiser da minha vida? Não, pelo jeito não."

Veja aqui o making of da matéria.
Articulado, Rodolfo fala sempre com aspecto pensativo, buscando uma linha de raciocínio que explique sua decisão, sustentado por suas próprias experiências – a restauração de um relacionamento em frangalhos, o abandono das drogas, a cura repentina de uma doença misteriosa e o desejo de agradecer eternamente a quem o curou. Sem rancor por quem o chamou de “louco” quando deixou uma das mais bem-sucedidas bandas de rock do país para se dedicar ao estudo da Bíblia, ele diz entender cada paulada recebida pela mudança. “Foi uma opção minha”, Rodolfo afirma, fazendo uma pausa dramática. “E tudo tem seu preço. Ouvi bastante e ainda ouço até hoje. Mas independentemente do que dizem pra você, a maneira como você reage é o que determina o quanto isso te afeta.” Incomodado com as críticas que recebeu, Rodolfo só sentia a necessidade de se explicar. “Ficava muito ofendido, queria me defender, me justificar. E quanto mais eu explicava, menos as pessoas entendiam.” Um dia, decidiu desencanar. “Parece que Deus eleva o meu pensamento: ‘Filho, olha mais de cima, tem um porquê esse barulho todo’. Parece que ele me permitiu chegar ao ponto mais alto da minha carreira pra, quando todo mundo pudesse me ver, me sacudir, começar a trabalhar em mim. Esse ato de Deus na minha vida despertou a atenção das pessoas pra Ele. De uma forma ou de outra, as pessoas pelo menos pararam para pensar a respeito. E isso já é positivo.” Uma busca pelo assunto na internet dá a temperatura da confusão que o ato causou nas cabeças dos fãs do Raimundos. “A internet é um lugar excelente para covarde se manifestar”, diz Rodolfo, ressaltando que nunca houve abordagem agressiva, cara a cara. Hoje, após dez anos sem se desviar do caminho que escolheu, ele tem certeza de que seu encontro com Deus não foi mera piração de uma cabeça fritada pelas drogas. “Permanecer [na fé] faz com que as pessoas tenham até mais respeito quando vêm falar algo, porque pensam: ‘Não é fogo de palha. Não é mais um artista que se converteu e saiu pelado em revista’.” Lá se vão dez anos de um outro Rodolfo. Nem falsas notícias sobre a possível volta ao Raimundos o incomodam. O boato mais recente surgiu na mesma semana em que ele se apresentou em Araucária, na mesma noite em que a ex-banda tocou em Curitiba. “Pelo menos duas vezes por ano me voltam pros Raimundos”, ele afirma, se referindo aos rumores como um desrespeito aos ex-colegas de grupo. “Se o cara é fã dos Raimundos, fã mesmo, respeita a banda como ela está.” Mas não foi sempre assim, calmo, que Rodolfo lidou com o tema. Se hoje ri das histórias, há cerca de dois anos quis dizer o que pensa. Ele afirma que havia até empresários envolvidos “falando de valores muito altos e... cara, eu não voltaria por valor algum. Não porque eu tenha algum problema com a banda. Amo os caras, não tenho problema com isso. É simplesmente uma postura da minha vida. Meu caminho é este, minha vida é falar de Jesus”.
A última vez em que Rodolfo esteve com os antigos parceiros de Raimundos foi em 2007, no velório do pai, em Brasília. O guitarrista, Digão, o baterista, Fred, e o baixista, Canisso, apareceram para oferecer os ombros ao amigo. Desde então não se falaram mais. “O Canisso tocou comigo no Rodox um tempo. A gente sempre se deu muito bem. Não que não me desse bem com os outros, mas parece que o Digão e o Fred ficaram muito magoados”, Rodolfo lembra. O tempo, ele acredita, trará cura a eventuais resquícios de problemas, deixando claro que, de sua parte, nunca houve mágoas. “Saí por minha causa, não por causa deles. Quando falo que não gosto do meu passado, não gosto de quem eu era.”
E aquele Rodolfo quem era? Segundo o próprio, um insatisfeito. Não havia quantidade de drogas ou sexo suficientes para torná-lo pleno. A maconha, diz, dava as coordenadas. “Acordava, fumava um. Antes de comer, fumava um. Depois de comer, fumava um. Se eu não tivesse nada pra fazer, fumava um. Se eu tivesse algo pra fazer, fumava um antes e um depois e, se pudesse, fumava um durante também.” Além da erva, usou também ácido, ecstasy e cocaína. “Mas meu negócio mesmo era o bagulho. E uma cervejinha.”
Rodolfo não credita o fato de ter deixado a banda à conversão à igreja, embora assuma que uma coisa esteja ligada a outra. “O que melhor explica a minha saída da banda é o fato de eu ter me tornado uma pessoa muito diferente da que estava naquela banda. Eu não cabia mais ali.” A fala moderada, calculada, desarma quem esperava um religioso pronto para o revide.
Esparramado no sofá, boné do Flamengo na cabeça, falando pacientemente enquanto o volume da passagem de som invade a sala, Rodolfo faz questão de afirmar que pautou suas escolhas pela coerência. “Se tem uma coisa que eu não mudei até hoje é o fato de que eu canto o que vivo. A doideira que eu cantava nos Raimundos era a doideira que eu vivia. Então, não tinha mais a cara de pau de cantar um negócio em que eu não acreditava, que eu não vivia [mais]. E aí, sim, entra o mérito de... por eu ter me entregado a Cristo. Porque eu comecei a viver uma vida nova, e ele começou a me transformar em quem eu deveria ser desde o princípio.”
Quem ele deveria ser desde o princípio, segundo o próprio Rodolfo, começou a ser forjado quando encontrou Alexandra, sua esposa. Em 1994, o Raimundos abriu a turnê Acid Chaos, que colocou Ramones e Sepultura para rodar o país. Ali, ele conheceu uma menina de 15 anos, professora de inglês em Balneário Camboriú, contratada pela produção para ser intérprete dos pais do punk. Realizando o sonho da adolescência, Rodolfo, então com 22, investiu em Alexandra por três dias e tudo o que conseguiu, além de um beijo, foi um número de telefone. “Com essa eu caso”, disse na época. “Era a mulher da minha vida”, ele afirma hoje. A promessa virou realidade. No início da década de 2000, já namorados, ela deixou Camboriú para morarem juntos em São Paulo. Mas as coisas saíram do prumo e as brigas eram diárias. Com a situação insuportável, Alexandra, que é filha de evangélicos, procurou uma pastora de quem, anos antes, havia ganhado uma Bíblia. A corrente de contatos a levou a uma igreja pentecostal na periferia da cidade e a um grupo de senhoras da igreja, daquelas de coques na cabeça e saias bem abaixo dos joelhos, que foram convidadas a orar na casa dos Abrantes.
Rodolfo conseguiu escapar das primeiras duas reuniões, mas não da terceira: em uma segunda-feira, deu de cara com as mulheres na porta do apartamento. As coisas começaram a mudar ali. A cura de uma doença estomacal e um chute nas drogas alguns meses depois deram início à nova fase.
Em pregação recente em uma igreja de Curitiba, Rodolfo relembrou um fato especial da época: após uma oração feita por uma das senhoras, caroços que cresciam em partes diferentes de seu corpo desapareceram. Foi a mesma pastora que havia dado a Bíblia a Alexandra quem lhe disse, enquanto orava com as mãos sobre ele: “Jesus está te livrando de um câncer”.
Em São Paulo, dias depois, reencontro Rodolfo no intervalo de um congresso realizado em uma igreja instalada onde antes havia a casa de shows Olympia – lugar no qual, muitos anos atrás, Rodolfo se apresentara frente ao Raimundos. Ele sugere uma lanchonete em uma loja de um supermercado, a duas quadras da sede da Bola de Neve, para retomar a conversa iniciada em Curitiba. Um casal o reconhece, mas não o aborda. Com um gorro enterrado na cabeça e a barba por fazer, como um coiote mexicano da fronteira com os Estados Unidos, Rodolfo já havia tomado lugar em uma das mesas.
Ele conta que, no dia 4 de fevereiro de 2001, fumou maconha pela última vez. Enquanto tragava, dizia para o cigarro: “Você é o último”. Tinha 27 anos. Depois daquele, jura nunca mais ter usado nada. O Rodolfo dos Raimundos morreu ali. “Quando eu parei de fumar maconha, aos 27... olha, que nem a Amy Winehouse!”, ele surpreende-se, comentando sobre a cantora recém-falecida: “É como se eu a conhecesse, porque eu vivi aquilo”.
Os primeiros a serem avisados da decisão de Rodolfo foram os pais, por telefone. O pai atendeu, a mãe correu para a extensão, como sempre fazia. Primeiro, avisou que estava noivo. Mas havia mais a ser dito: “Não uso mais droga”, conta, com os olhos marejados. E ele lembra do silêncio no telefone, antes do grito do pai: “‘E você usava, rapaz?’ Na hora, pensei: ‘Pô, eu só canto sobre isso, você já me buscou na delegacia duas vezes’”. Da mãe, ouviu os soluços pela extensão.
O rockstar deu lugar ao adulto família. E hoje se mostra um entusiasta convicto do casamento: “O Rodolfo casado é muito mais feliz do que o solteiro”, diz. A presença de um cinegrafista de televisão, a entrevista para a Rolling Stone e o convite para participar do programa Altas Horas, tudo em um prazo de três dias, são para Rodolfo um sinal de que é hora de dar um passo além. “A gente tem orado para Deus abrir cada vez mais portas para o ambiente fora da igreja, brother”, crê. Um álbum com inéditas, produzido por Ricardo Vidal, deve ser lançado em 2012. Sobre o novo desafio musical, ele diz querer encarar sem fazer concessões. “É um negócio de levar o que a gente está vivendo dentro da igreja para fora, sacou? Sem maquiagem.”
Para Rodolfo, o objetivo é mostrar o que Deus fez na vida dele e o que ele entende ser factível na vida de muitos. Nem que isso signifique enfrentar dificuldades, como a que encarou em uma cidade no interior da Bahia, em 2009. Convidado para realizar uma espécie de culto ao ar livre, ele estava com o pé imobilizado por uma contusão e se posicionou em uma praça vazia, no clima banquinho e violão. Naquela hora, o país assistia à final da Copa das Confederações entre Brasil e Estados Unidos. À distância, punks xingavam Rodolfo – “Só ouvia os palavrões de longe” – e cerca de dez evangélicos, fiéis ao pastor da igreja, acompanhavam o evento. “Apareceu um rasta com um baseado deste tamanho e começou a soprar a fumaça na minha cara. O palco era baixinho, e eu estava sentado”, ele conta. “Há algum propósito nisso?”, foi a pergunta que fez a si mesmo. Naquela hora, pregou e, segundo lembra, “um cara entregou a vida dele para Jesus”. Quando decidiu orar para encerrar a programação, fogos espocaram no céu: o Brasil acabara de virar a partida. “A galera ficou louca nos apartamentos em volta, uma gritaria.” Rodolfo entende o ocorrido como parte dos planos de Deus. “Jesus queria estar ali, mas então estava eu, e era daquele jeito que tinha de ser”, resume. “Experimentei grandes palcos, grandes festivais, e nada me fez tão feliz quanto o momento em que estava ali, de olhos fechados, adorando Ele.”
Rodolfo não escuta os antigos trabalhos de sua ex-banda, tampouco procura vídeos na internet para refletir sobre o passado. Quando esbarra com a sua imagem de dez, 15 anos atrás, macaqueando pendurado em um microfone, enxertando sotaque nordestino cheio de más intenções na emulação de punk e hardcore feita pelo Raimundos, não se reconhece. É como se, em seu lugar, sempre tivesse havido outro. São as mesmas características, mas outras pulsações.
“Cara, é algo muito estranho”, ele pensa, sorrindo. “É o mesmo nariz, algumas tattoos são as mesmas, mas eu não consigo me lembrar do que eu pensava. Tento imaginar o que me levou a falar aquilo.” É como se de fato aquele Rodolfo fosse outro, tal qual previsto na passagem bíblica registrada no segundo livro de Coríntios, capítulo 5, versículo 17: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas velhas já passaram e tudo se fez novo”. “É outra vida, brother”, ele decreta, calmamente. “Eu não consigo entender aquele cara.”

sexta-feira, 9 de março de 2012

Demos pertencentes a Joey Ramone serão lançadas nos EUA


Quando os Ramones inventaram uma nova forma de tocar punk, os amantes do bom e velho estilo musical não puderam reclamar e se tornaram verdadeiros fãs da banda. O tempo passou e o grupo foi sendo esquecido, assim como a maioria de suas canções que deixaram de ser mencionadas nos tabloides, pelo menos até o presente momento.
Até que enfim, uma boa descoberta. Uma coleção inédita de demos pertencentes ao maior compositor de músicas punks do mundo foi encontrada e está prestes a ser lançada no mês de maio nos EUA. Joey Ramone tinha um projeto solo conhecido por “Don’t Worry About Me” que estava para ser divulgado em 2002. Ele também escrevia as mais variadas canções para os próprios Ramones.
A coletânea tem exatamente 17 faixas e foi batizada de “Ya Know?” pelo cantor. As composições foram produzidas por Ed Stasium, que já havia trabalhado com o conjunto punk nos discos “Road To Ruin” e “Mondo Bizarro”. Os álbuns contaram com participações especiais vindas do rock’n'roll como a idolatrada Joan Jett, Richie Ramone e membros da banda Cheap Trick que eram velhos amigos de Joey.
Fonte: MTV

Blue Bossa chords loop


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quarta-feira, 7 de março de 2012

Metallica pode distribuir novo álbum em caixas de cereal

Depois que os integrantes da banda Metallica se afastaram de sua gravadora original, a Warner Music, muitos outros métodos para divulgar suas novas músicas foram cogitados. Porém, o mais original deles jamais poderia ter surgindo de mentes que não pertencessem ao mais famoso grupo de heavy metal do mundo.
A banda poderá distribuir seu novo álbum em nada mais nada menos do que caixas de cereal. Para dar mais enfase a essa ideia brilhante, o baterista do Metallica,Lars Ulrich, não poupou palavras: “Precisamos encontrar maneiras de fazer isso, mesmo que seja distribuir os discos em caixas de cereal matinal” . O integrante ainda argumentou que esta inovação é apenas uma hipótese para que todos os fãs pudessem ter acesso aos trabalhos dos músicos.
“Estamos escrevendo música e logo gravaremos. Em algum momento vamos querer dividir isso com as pessoas”. Esta foi apenas mais uma declaração de Ulrich, revelando que o novo álbum virá muito em breve. Com isso, o Metallica começa uma nova fase em sua carreira, livre de contratos com gravadoras e comemorando a liberdade para suas divulgações musicais inusitadas.